sexta-feira, 27 de junho de 2014

Dom Quixote: Cavaleiro da Triste Figura

Dom Quixote (direita) e Sancho Pança são retratados em uma ilustração do livro Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. A ilustração apareceu em uma edição da obra publicada em 1800.

    Cervantes criou seu personagem, Dom Quixote, como um cavaleiro bem diferente daqueles que apareciam nas histórias de cavalaria dos séculos anteriores. Tem cerca de 50 anos, vive fazendo trapalhadas e sempre se dá mal.
    O livro começa contando a história do fidalgo Alonso Quijano. Ele gosta tanto de ler romances de cavalaria, que acaba ficando louco: acredita que todas aquelas histórias aconteceram de verdade. Decide tornar-se um cavaleiro como o dos romances e sair pelo mundo fazendo o bem: é um “cavaleiro andante”.
    Como vive no povoado espanhol da Mancha, escolhe para si o título de Dom Quixote de La Mancha. Dom Quixote monta um cavalo velho e magro, que apelida de Rocinante. Convida para acompanhá-lo um amigo chamado Sancho Pança, com seu burrico.
Em suas andanças, Dom Quixote age como se vivesse no mundo dos romances de cavalaria. Sua amada imaginária é uma camponesa, que ele chama de Dulcinéia del Toboso. Nas fantasias de Quixote, ela é uma mulher refinada, muito rica, de família nobre e poderosa.
    Uma das aventuras mais divertidas de Quixote e Sancho Pança é a batalha dos moinhos de vento. Dom Quixote vê alguns moinhos e imagina que são gigantes. Parte para cima de um deles, mas é jogado longe pelas pás. Sancho Pança lhe explica que não são gigantes, e sim moinhos de vento. Dom Quixote olha de novo e concorda com Sancho Pança. Porém diz que um feiticeiro transformou os gigantes em moinhos para salvá-los dos ataques do cavaleiro andante.
    Mais adiante, a dupla encontra dois rebanhos de carneiros. Para Dom Quixote, são exércitos inimigos. Ele avança contra os animais e acaba levando uma surra dos pastores. Depois de tudo, ainda é pisoteado pelos carneiros. Quando Sancho Pança o vê no chão.
    Em certo momento, Dom Quixote vê policiais conduzindo alguns homens amarrados. Pensando tratar-se de escravos, o cavaleiro enfrenta os policiais e liberta os prisioneiros. Na verdade, eram bandidos. Ao se verem livres, os criminosos roubam os pertences de Dom Quixote e ainda lhe dão uma surra.
Sempre buscando o bem e a justiça, Dom Quixote comete enganos, acaba sendo alvo de gozações e sai ferido.
    No fim da história, Dom Quixote recobra a razão e volta para casa, onde retorna à vida pacífica de antes.

Fonte:http://escola.britannica.com.br/article/483220/Dom-Quixote

terça-feira, 24 de junho de 2014

BRÁS BEXIGA E BARRA FUNDA


                                             Italianos na Hospedaria dos Imigrantes, em SP, em foto sem data.

Antônio de Alcântara Machado era um cronista com poucos. Neste livro ele nós apresenta um conceito em que o escritor é também um historiador, ao observar o cotidiano de uma sociedade. Brás bexiga e Barra funda, foi publicado durante a primeira fase do modernismo sendo a segunda publicação do autor. No Artigo de Fundo contido no livro, que substitui o prologo, Alcântara nos confessa que os contos ali, nasceram na verdade noticias o que nos trás uma intercessão entre a crônica jornalística e literária.

A linguagem é revolucionaria como uma característica do modernismo, não seguindo o ‘caminho’ das linguagens retoricas, sendo direta e proporcionando ao leitor um maior envolvimento com o livro. Os personagens são apresentados de um modo rápido, não havendo uma descrição prolongada sobre eles, vale ressaltar que contem características irônicas, como para fazer uma critica humorista. Os bairros que dão nome ao livro são importantes distritos de São Paulo que abrigaram italianos imigrantes, a cidade crescia cada vez mais no período desviando a atenção do Rio de Janeiro. A obra retrata tem como temática central o cotidiano desses imigrantes italianos, a forma com que eram ‘abrasileirados’ enquanto também traziam a cultura Italiana ao Brasil, acrescentando elementos linguísticos como a tradicional palavra ‘pizza’, os personagens são simples e pobres em suas aventuras pela sobrevivência em um país desconhecido, mas que tem toda uma vontade de viver e conquistar novas fronteiras.