terça-feira, 24 de junho de 2014

BRÁS BEXIGA E BARRA FUNDA


                                             Italianos na Hospedaria dos Imigrantes, em SP, em foto sem data.

Antônio de Alcântara Machado era um cronista com poucos. Neste livro ele nós apresenta um conceito em que o escritor é também um historiador, ao observar o cotidiano de uma sociedade. Brás bexiga e Barra funda, foi publicado durante a primeira fase do modernismo sendo a segunda publicação do autor. No Artigo de Fundo contido no livro, que substitui o prologo, Alcântara nos confessa que os contos ali, nasceram na verdade noticias o que nos trás uma intercessão entre a crônica jornalística e literária.

A linguagem é revolucionaria como uma característica do modernismo, não seguindo o ‘caminho’ das linguagens retoricas, sendo direta e proporcionando ao leitor um maior envolvimento com o livro. Os personagens são apresentados de um modo rápido, não havendo uma descrição prolongada sobre eles, vale ressaltar que contem características irônicas, como para fazer uma critica humorista. Os bairros que dão nome ao livro são importantes distritos de São Paulo que abrigaram italianos imigrantes, a cidade crescia cada vez mais no período desviando a atenção do Rio de Janeiro. A obra retrata tem como temática central o cotidiano desses imigrantes italianos, a forma com que eram ‘abrasileirados’ enquanto também traziam a cultura Italiana ao Brasil, acrescentando elementos linguísticos como a tradicional palavra ‘pizza’, os personagens são simples e pobres em suas aventuras pela sobrevivência em um país desconhecido, mas que tem toda uma vontade de viver e conquistar novas fronteiras.



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