quarta-feira, 23 de julho de 2014

Escolas literárias: Arcadismo



O arcadismo, setecentismo (os anos 1700) ou neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa. A influência neoclássica penetrou em todos os setores da vida artística européia, no século XVIII. Os artistas desse período compreendiam que o Barroco havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade e procuravam recuperar e imitar os padrões artísticos do Renascimento, tomados então como modelo.
Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.

Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a Arcádia em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Escolas literárias: Quinhentismo

·        Contexto histórico
Esse termo é uma designação genérica das manifestações literárias produzidas no Brasil durante o século XVI. Nesse período, não se pode tratar de uma literatura do Brasil, mas sim, de uma literatura no Brasil - uma manifestação ligada ao Brasil, mas que denotas as intenções européias.
·        Marco inicial
1500 - A composição da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Cabral, ao rei de Portugal, D. Manuel, relatando as características das terras descobertas.
Este documento, publicado em 1817, é considerado uma espécie de “certidão de nascimento” do Brasil.
·        Características
A produção literária do período se divide em dois tipos de literatura:
o   Literatura informativa (ou de viagens) - composta por documentos a respeito das condições gerais da terra conquistada, as prováveis riquezas, a paisagem física e humana etc. No princípio, a visão européia é idílica. Porém, na segunda metade do século XVI, à medida que os índios iniciam a guerra contra os invasores, a visão se transforma e os habitantes da terra são pintados como seres bárbaros e primitivos.
o   Literatura catequética - constituída pelos textos (poemas, peças de teatro) escritos pelos missionários para a catequização dos índios.

·        A obra literária de Anchieta
José de Anchieta (1534-1597) ingressou na Companhia de Jesus com 17 anos. Em 1553, veio para o Brasil e aqui ficou até morrer. Desempenhou um papel destacado na fundação de São Paulo e na catequese indígena. Além de homem de ação, foi também escritor religioso, tendo produzido poesias líricas, épicas, teatro (autos), além de cartas, sermões e uma gramática da língua tupi.



Quem foi Gil Vicente?



Não se sabe ao certo muito acerca de Gil Vicente. A maior parte das informações que temos acerca do escritor foram decifradas a partir das obras que escreveu. Muitas vezes é associado com o autor da Custódia de Belém e com o mestre de Retórica de Manuel I, o 14.º rei de Portugal.Gil Vicente, enquanto dedicou a sua vida ao teatro, desempenhou também tarefas de músico, actor e encenador. É considerado o pai do teatro português, e por alguns, pai do teatro ibérico uma vez que escreveu para além fronteiras, tendo desenvolvido dramaturgia com Juan del Encina, poeta espanhol.A data de nascimento de Vicente continua a ser uma incógnita, sendo atribuídos os anos que vão desde 1460 a 1470, sendo 1465 o mais aceite. Da mesma forma, também não se sabe ao certo onde terá nascido, sendo atribuídas várias regiões de Portugal para o seu nascimento. No entanto, o local mais provável terá sido em Guimarães.Sabe-se que estudou em Salamanca, Espanha.
            Vicente casou-se com Branca Bezerra, de quem teve 2 filhos, e mais tarde quando esta faleceu voltou a casar-se com Melícia Rodrigues, tendo tido no total 5 filhos.
            O seu primeiro trabalho foi uma peça em castelhano chamada "Monólogo do Vaqueiro", que foi representada nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de Manuel I, tendo sido esta representação o arranque da história do teatro português, embora já existissem algumas peças de outros autores, mas pouco notórias.O sucesso das suas obras foi tão grande que os reis para os quais Gil Vicente desenvolvia as suas peças convidaram-no a tornar-se responsável pela organização dos eventos palacianos.E como já dissemos, o nosso escritor não se ficava pela escrita das peças! Ele próprio encenava-as e representava-as!
Pensa-se que morreu em 1536, em lugar desconhecido, porque é a partir desta data que se deixa de encontrar qualquer referência ao seu nome nos documentos da época, além de ter deixado de escrever a partir de então.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

DOCUMENTÁRIO: Cervantes e a Lenda de Dom Quixote: O Espírito de um Livro (2005)

 A vigência desta obra literária é a premissa fundamental do documentário que penetra na obra, na vida e no tempo em que foi escrita.
O que significavam na época os livros de cavalaria? Porque Cervantes não gostava de tais obras? O que é um fidalgo? Quem é Sancho Pança e o que representa exactamente no livro? Qual é o segredo do sucesso desta obra? Qual é o significado actual de D. Quixote?
Estas são algumas das perguntas que constituem a trama principal deste documentário, que conta com a participação de intelectuais, escritores, historiadores e especialistas da obra, da vida e do tempo de Cervantes, tais como, Martín de Riquer, José Saramago, Günter Grass, Mario Vargas Llosa, Jean Canavaggio, Felipe González, Carme Riera, Luis Rojas Marcos e Francisco Rico.

Assista em:
http://www.youtube.com/watch?v=aAvORcrd2VQ

As crônicas das primeiras conquistas marítimas portuguesas


Os portugueses foram um fator muito importante para a descoberta de novos “mundos” encontrados durante suas navegações, vários lugares desconhecidos até então pelo homem. Um ponto importante para que tudo isso fosse feito, foi através da atividade marítima, entre o comércio e suas especiarias. Essas navegações permitiram uma série de descobertas durante principalmente a Idade Média e a Idade Moderna. Foram grandes responsáveis por inovações tecnológicas para encarar as navegações sobre o Oceano e grandes avanços culturais, já que a medida que se vão descobrindo novos povos, também conheciam culturas diferentes das demais.
 O foco deles era chegar as Índias, que conseguiram depois de muitos investimentos e conquistou uma remessa de lucros sobre os produtos lá encontrados, uma novidade para a população que remeteu tanto faturamento. Sua rota no Atlântico se estendeu, alcançando terras e tomando posse sobre elas. E assim, o mapa do mundo foi se expandindo, com novos países até então não visitados e alguns não conhecidos, graças a curiosidade e ambição portuguesa.
Durante esse período de expansão marítima, Pedro Álvares de Cabral dito pelos cronistas um “grande herói” descobriu o Brasil, uma das suas conquistas mais importantes e marcantes de suas navegações e foi responsável por sua colonização. Logo depois, outros dois marcos importantes foi a chegada a China e ao Japão. E este foi o último que marcou o fim de suas navegações, descobertas e colonização.
Contudo, percebemos que as Grandes Navegações Portuguesas foram importantes para a remodelagem do mapa mundial, pois revelou novos lugares nunca explorados até então, trazendo novas culturas ao novo mundo. Por isso considerado pelos cronistas feitos heróicos, que mudaram completamente a noção do mundo.