As origens
da arte literária remonta às escrituras religiosas pertencentes ao Velho
Testamento. Desde então, foi transformando-se, adquirindo forma e definição ao
se integrar ao perfil das chamadas literaturas grega, helenística, romana e
medieval. O ápice de sua existência figurou-se na época da Renascença, mais
precisamente nos séculos XV e XVI em terras europeias, como Itália, França,
Espanha e Portugal.
Contudo, de
todas as produções artísticas do Ocidente, a de maior valor significativo foi a
desenvolvida na Grécia entre os séculos V a.C ao V d.C, pois foi neste período
que se criaram todos os padrões, inclusive os denominados gêneros literários, e
todos os outros que nortearam as demais criações de todos os tempos.
O termo
“gênero” origina-se do latim genus, eris, que significa nascimento,
descendência, origem, e refere-se a um conjunto de características temáticas e
formais intrínsecas às manifestações literárias. Sendo por muito tempo dividido
em três categorias: épico, lírico e dramático. Tal divisão foi proposta na
Grécia antiga (384 - 322 a.C.) pelo filósofo grego Aristóteles.Atualmente, os
estudiosos optam por classificá-los em: narrativo, dramático e lírico, visto
que não se prioriza mais o gênero épico.De uma forma mais concisa,
enfatizaremos a seguir cada um deles, apenas para nos direcionarmos a estudos
posteriores mais aprofundados:
Gênero narrativo – Assim como é conhecido hoje, desenvolveu-se
a partir dos antigos poemas épicos, também conhecidos como epopeias, as quais
eram representadas por narrativas em forma de versos, tendo como enredo
principal os grandes feitos heroicos de um povo, aliando elementos terrenos com
mitológicos e lendários.
Gênero lírico – O termo “lírico” é oriundo de um instrumento
musical denominado lira, usado desde a Antiguidade clássica para acompanhar
recitações das composições poéticas, proferidas em voz alta. Sua principal
característica é a subjetividade representada pelo “eu lírico” manifestado por
meio das construções poéticas.
Gênero dramático – A ele está associada a arte da
representação. O enredo desenvolve-se por meio da encenação dos atores mediante
a apresentação do espetáculo teatral. Neste contexto, figuram-se a participação
de elementos extraverbais, tais como cenário, figurino, iluminação,
sonoplastia, entre outros.
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